UM AMIGO QUE SE FOI
Os dedos esguios do elfo negro acompanhavam a textura de uma porta de madeira tocando levemente, sem emitir som algum. Ele não desejava perturbar a pessoa lá dentro, embora duvidasse que seu sono fosse muito tranquilo. Todas as noites, Drizzt quis ir até ela e confortá-la, e, ainda assim, não o fizera, pois sabia que suas palavras pouco serviriam para acalmar a dor de Cattibrie. Como em tantas outras noites em que ficara perto desta porta, tal qual um guardião vigilante e impotente, o patrulheiro acabou caminhando pelo corredor de pedra, atravessando as sombras de tochas que crepitavam baixo, com seus passos leves e silenciosos.