“Era um bom plano.
Agora não havia como recuar, pensava Lúcio, parado à frente da montaria. Trajava uma cota de malha e um camisão preto com a águia-dourada ao peito. Tinha uma espada longa embainhada à cintura e empunhava uma lança de cavalaria, feita para atravessar o escudo e o homem protegido atrás dele.
Não se imaginava lutando, enfiando aquela lança em outra pessoa durante uma batalha, nem erguendo sua espada contra um inimigo de carne e osso. A primeira pessoa que morrera por suas mãos tinha sido o bandido que o atacara no Bosque Real, havia uma eternidade, e mesmo assim dizia a si mesmo que agira em legítima defesa.
— Pronto, sobrinho? — perguntou Max, achegando-se, montado.
— Importa? Vamos de uma vez, antes que me vejam tremendo…”